Novo Pedido de Desculpas - versão HOSPITAL

Até que estava demorando um pouco, mas finalmente esta semana voltamos a ter aquela velha, famosa, manjada e famigerada coletiva de imprensa para baixar a cabeça para pedir desculpas aos prejudicados, à população ou a sei lá quem quer que tenha se ferrado por conta de um erro, facatrua, cambalacho, picaretagem, irresponsabilidade e por aí vai. Desta vez, foram o dono do Hospital Central da província de Kagawa e um médico que se curvaram diante dos repórteres. Eles pediram desculpas pelo erro cometido pelo médico que trocou as bolas, ou melhor, trocou os óvulos!! Acontece que uma mulher que estava fazendo tratamento para engravidar, ficou feliz em saber que a fertilização in vitro havia dado certo e ela finalmente havia ficado grávida. Mas, depois, ela descobriu que o óvulo fertilizado implantado nela era na verdade de OUTRA paciente!!! A matéria saiu em todos os jornais e tevês daqui do Japão! O jornal Asahi chegou a inserir um desenho para explicar o processo de fertilização in vitro (em japonês, 体外受精・taigai jusei, literalmente, "fertilização fora do corpo") e logo abaixo uma breve estimativa das paciente que se submete a este tipo de tratamento.



Resultado do erro cometido: a pobre moça teve que submeter-se desta vez a um aborto!!! Os médicos japoneses responsáveis, além de simplesmente reunirem a imprensa e se abaixarem depois de um breve e já manjado 申し訳ありません・mooshiwakearimasen・Desculpa, explicaram que o trabalho, que deveria ter sido feito por duas pessoas, foi erroneamente feito por uma. E pronto! Ah não! Um nipocarinha, funcionário do hospital, disse que o erro foi causado porque o recipiente com o óvulo da outra paciente, estava em cima da mesa durante o processo devolução do óvulo ao corpo da paciente. Fala sério!! Bom, a paciente sabe - e nós também sabemos - que nada servirá para suprir a dor que ela e o marido estão sentindo, depois da alegria que vivenciaram pela notícia da gravidez mas, eles resolveram processar o hospital e exigem uma indenização de 20 milhões de ienes.



Mais detalhes em inglês, clique aqui. Para ler a matéria em japonês, clique aqui. Reportagem da NHK na TV, veja aqui.

Comentários

  1. Acho que abortar foi uma atitude muito drástica, por que não importa que o óvulo não era dela, o importante é que o filho cresceria dentro dela.

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  2. Deve ser difícil para a família, mas também acho que não precisava abortar.

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